
A empresa faliu. De uma só vez tudo foi embora. As ações, as propriedades, tudo. Nada sobrou. Se não bastasse tanta “desgraça”, num acidente trágico, seus sete filhos e três filhas, que se reuniam num jantar, morrem depois de um terremoto que desabou a casa sem deixar um sobrevivente como descendência. Nem um que levasse seu nome à frente. Todos estão sem vida debaixo dos escombros. Após ser golpeado e repentinamente assaltado em tudo que tinha, inclusive em sua prole, aquele homem é acometido de tumores dos pés à cabeça. Se estado é deplorável, daqueles que não gostamos de ver nem na TV. Daqueles que viramos o rosto ou cobrimos os olhos tamanha é a precariedade do que se vê.
Diante da tragédia sem par, sua esposa o incita a amaldiçoar seu Deus e morrer. Seus amigos o acusam de pecado pela situação que vivia. Ele é o culpado de toda a desgraça que lhe sobreveio.
Esse homem, surrado de todos os lados e definhando em pele e osso nada mais espera da vida. É um miserável. Não tem mais nada. Não há mais esperança de que alguém o restitua a sorte, os bens e a família. Não há um parente próximo que não a esposa, que pudesse vir de longe e restaurá-lo a empresa e a terra. Não há ninguém. Todos se foram. Entretanto ele nunca esqueceu do Deus que deu e que tira quando quiser. E nesse momento de profunda miséria Jó diz: “ Eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra”.
Só precisa de um Redentor, ou, Resgatador aquele que é miserável. Que não pode fazer outra coisa senão esperar que alguém o resgate de sua deplorável situação. O resgate era responsabilidade de um parente, homem, mais próximo daquele que se via sem nada e perdido. Jó não tinha ninguém, mas ele se lembra que o seu Resgatador vive e que por fim ele se levantaria sobre a “terra”, ou sobre o “pó”. O mesmo pó do qual Deus formou o homem e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida. Jó reconhece que tudo o que é e, julgava ter, é pó e que o seu Resgatador se levantaria sobre tudo isso. Jó sabe que aquele em quem espera não é pó, efêmero e transitório como ele, Ele é o seu Redentor, o seu resgatador.
Temo que o conforto, a vida previsível, a comida, a casa, a família traquila, a empresa que vai bem, os filhos que passam no vestibular, em bons cursos e em boas universidades, talvez nos impeçam de enxergarmos e sentirmos nosso câncer espalhado pelo corpo. Temo que a nossa boa vida nos impeça de enxergarmos a empresa como pó, a família como pó, a vida como pó. Olho para mim e percebo que tenho outros redentores. É certo que eles são pó, mas como estou cego, ponho neles a minha esperança.
Louvo a Deus porque “ele conhece a minha estrutura e sabe que sou pó” e por isso, antes mesmo que eu “caísse em mim” Ele proveu para mim um Redentor que VIVE. Um Redentor que não é efêmero, que não é transitório mas que VIVE. Antes que pó algum tivesse fôlego ele VIVE. Jesus Cristo nos resgatou do pecado, da morte e de Satanás. Ele VIVE. Ele é o meu resgatador. Ele é o meu Redentor. Eu sou pó.
Ricardo,
ResponderExcluirparabéns pela sua reflexão. Pq o nosso redentor vive, temos também a mesma vida.
continue escrevendo!
Jean
Muito bom... como sempre, uma reflexão teológica, cristocêntrica e altamente devocional. Estou esperando a edição do "Comentário de Corintios" Rennó, Ricardo. hahaha
ResponderExcluirAi tá, por que Deus chama alguem, que o nosso Redentor,possa fazer valer sua palavra através de vovê,,, at + queridão!!!
ResponderExcluirFicou ótimo amor!
ResponderExcluirParabens.O final ficou perfeito:Eu sou pó.
Isso ai....
Te amo
Ficou ótimo amor!
ResponderExcluirParabens.O final ficou perfeito:Sou pó...
Isso ai!!!
Te amo.
Amanda